Carros

Agora flex, Kia Soul quer ter alma de brasileiro

RODRIGO LARA
Colaboração para o UOL Carros

O carro design agora bebe álcool; modelo começa em R$ 52.900

O "carro design" agora bebe álcool; modelo começa em R$ 52.900

A primeira característica notada ao se olhar para o crossover Kia Soul (a marca chama de hatchback e ele já foi categorizado como um SUV compacto) é o seu desenho. O "carro design", como ele foi definido em comerciais, tem visual simpático: não seria exagero dizer que, entre os carros vendidos no Brasil, o Soul e o Fiat Uno são aqueles com maior potencial de arrancar elogios como "moderno", "lindinho" e até "fofo".

Formas interessantes, o carro já possuía desde 2009, quando chegou ao Brasil. Na ocasião o modelo trazia bom pacote de equipamentos, tinha interior espaçoso -- propiciado pelos 2,55 metros de entre-eixos -- e um motor movido apenas a gasolina de 126 cavalos e 15,9 kgfm de torque, o qual, se não empolgava, pelo menos oferecia um desempenho justo ao Soul.

Mas faltava algo para o modelo cair no gosto do brasileiro, não apenas como um carro bonito de se ver, mas também como um produto com apelo real de compra: ser bicombustível. E o motor flex, capaz de ser alimentado tanto por etanol quanto por gasolina, é a grande novidade do Kia Soul 2011.

ATENDENDO A PEDIDOS
A unidade que move o Kia Soul Flex (agora o nome oficial do carro) tem quatro cilindros em linha e 1,6 litro de capacidade. O propulsor rende 126 cv com gasolina e 130 cv com etanol, ambos a 6.300 rpm. O torque teve um pequeno aumento quando o carro está abastecido com gasolina, e agora é de 16 kgfm a 4.500 rpm. Com etanol, esse valor bate nos 16,5 kgfm, disponíveis aos 5.000 rpm.

Os preços para as configurações manual e automática são de R$ 52.900 e R$ 63.900, podendo subir devido a pacotes de opcionais.

Além do motor, o modelo 2011 do Soul mudou pouco. Quase nada, para ser mais exato: as maçanetas das portas adotaram o formato de alça. A mudança foi feita em decorrência de reclamações de mulheres que, ao utilizar o sistema anterior, quebravam a unha com frequência. Além disso, o grafismo do painel de instrumentos foi alterado, para algo que pode ser classificado como mais esportivo (e menos genérico), mas que tem como efeito colateral prejudicar a leitura de informações como velocidade e rotação do motor.




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Prova disso é que, em um final de noite, parei para tomar um café no Mabillon, restaurante descolado no Boulevard Saint Germain, estacionando o modelo bem na porta. O porteiro puxou conversa e ficou meia hora perguntando sobre o carro. Era a véspera da devolução. Na noite seguinte, já sem ele, voltei ao mesmo café. Um garçom se lembrava de mim e veio perguntar: "Você não era aquele que ontem estava aqui com um carro elétrico?"

Pois é. Logo que retirei o carro do escritório da Citroën, fiquei surpreso com a sua agilidade. Sem trancos para partir nem para mudar a marcha (sua transmissão é automática com apenas uma velocidade), o modelo é equipado com um motor de 47 kW (ou 67 cavalos), desenvolvidos logo a 2.500 rpm, com torque de 18,36 kgfm de 0 rpm a 2.500 rpm. Ou seja, não fica nada a dever a modelos 1.4 e 1.6 quando o assunto é fôlego para andar na cidade.

Citroën C-Zero - foto Luís Perez






Citroën C-Zero - foto Luís Perez


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